quarta-feira, 2 de março de 2011

Em Busca de um Somho

Lembro da minha infância, era tudo motivo de felicidade, meu pai trabalhava na cidade grande, minha mãe cuidava de mim e dos meus irmãos, ao total eram cinco crianças, naquele interior eramos a família mais bonita, e querida por todos. Até que meu pai chegou a nossa casa e contou que tinha perdido o emprego, então minha mãe abraçou meu pai e chorou junto com ele, eu era o mais velho dos filhos e estava estudando queria ser médico, eu tive que abandonar os estudos, para trabalhar com meu pai na roça. É gente meu pai se chamava; Sebastião ele era conhecido lá no interior como Tião, era um homem de pouco estudo mais não era analfabeto, teve uma infância dura e não queria vê os filhos passando por aquilo que ele tinha passado era por isso que ele trabalhava todos os dias, para alimentar os nossos sonhos de criança, eu mim chamo José, o filho que largou o estudo ainda jovem para trabalhar na roça, eu tinha exatamente oito anos quando isso aconteceu, meu pai, ia de coração partido até a roça, vendo a família naquela situação difícil, ter que mim aceitar na roça, ainda jovem, e com todo o futuro pela frente, meu pai ao mim vê, com todo aquele cansaço no final do dia, e tendo que trabalhar no dia seguinte novamente, pois o que pagavam lá na roça, mal dava para comprar a refeição do dia, ele começou a ficar cada vez mais triste até que faleceu um ano depois, sentir muito, a falta do meu pai, mais me lembro das palavras que ele sempre mim dizia, meu filho nunca desista de sonhar, mesmo que o vento sopre do lado oposto para onde você vai. Antes de morrer meu pai me pediu desculpas, por não ter conseguido mim manter estudando, pois estava desempregado, e precisava de mim na roça, para poder alimentar minha mãe e meus irmãos que eram muito jovens na época, e não poderia ir com ele para o campo de escravidão como ele costumava chamar a roça, com os olhos cheio de lagrimas ele faleceu em meus braços, então eu jurei para mim mesmo e para ele, que iria trabalhar e estudar, mesmo que fosse a ultima coisa que eu fizesse nessa vida, então minha luta começou eu era o homem da casa, e tinha que sustentar minha mãe e meus irmãos, eu tinha acabado de completar nove anos, assim que eu saia da roça, nem tomava banho corria para a escola, a professora olhava para mim até que ela, perguntou meu filho você já ouviu falar que banho é bom, então respondi envergonhado, mais de cabeça erguida, professora, eu não tenho tempo para tomar banho antes de vim para a escola. A professora respondeu, é José então pare de brincar no meio da rua com teus coleguinhas por que aqui na escola não é lugar de porco. Meus olhos encheram de lagrimas e deu vontade de desistir mais fui forte e respondi para a professora, não sou porco sou menino homem, trabalho na roça para sustentar minha querida mãe que estar em casa cuidando dos meus irmãos, meu pai estar morto e eu o prometi que iria voltar a estudar e ser alguém, eu professora tô aqui mais só comi uma refeição, deve ser por isso que sempre tenho força para vencer, pois vou escrever a minha historia, eu serei aquele menino do sertão, que buscou a vontade de ser médico, respondeu a professora com os olhos cheio de lagrimas, eu vou te ajudar José, a tornar esse teu sonho realidade, vou falar do teu esforço para a diretora e vou pedir que arrume uma ajuda de custo para você, ajudar sua família e também todo mês vou te dá uma cesta básica, para ajudar nas despesas da sua casa, mais você vai ter que mim prometer que vai ser médico. Então respondi é claro professora que eu não vou desistir. A professora falou com a diretora e conseguiu uma ajundarde custo para que eu continua-se estudando, então falei para minha mãe, que não iria precisar eu ir mais para a roça, pois a minha professora tinha falado com a diretora da escola e tinha arrumado uma ajuda de custo para a gente, e que o melhor de tudo é que a professora, vai nos dá uma cesta básica por mês, então mãe vamos voltar a fazer três refeições por dia igual aos meus irmãos, eu tô muito feliz, porque mãe a senhora estar chorando? Sua mãe respondeu, por nada demais, é que eu tô muito feliz, por você meu filho... Três meses depois, minha mãe morre de cancê,minha responsabilidade aumenta, tenho que cuidar agora dos meus quatro irmãos. Falei com a diretora da escola, para meus irmãos irem á escola comigo e fazer uma refeição com a merenda, a diretora mais uma vez com um enorme coração permitiu que meus irmãos, só não fizessem uma só refeição, mais sim quantas necessitassem então dei um abraço bem forte na diretora, ela mim perguntou se poderia ter eu como filho, pois ela não poderia gerar um, eu respondi na mesma hora e meus irmãos, a senhora também aceita como filhos? Então ela respondeu muito feliz é claro que sim. Foi então que a minha vida começou a mudar, comecei a brincar feito uma criança normal, mais eu continuei estudando, até que entrei na faculdade de medicina e mim formei, medico. Minha formação dedico ao meu pai e a minha mãe onde é que eles estejam, sei que estão felizes, por mim. Para aqueles que pensam que vivem em obstáculos olhem a minha historia e busque seus sonhos e o torne em vontade, para poder torná-los em realidade. As pedras que encontrei guardei e fiz meu castelo, depois de formado, olho para trás e digo valeu apena tudo que passei. Essa é uma crônica psicografada por um jovem de um nome não revelado. 

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/orlanio 
 

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