quinta-feira, 3 de março de 2011

O Meu Sertão

Fico orgulhoso de falar sobre o Sertão, onde crianças se transformam em verdadeiros homens, e os homens se transformam em crianças quando veem a refeição, posso até não ser Sertanejo, homem valente. No rosto o reflexo do chão, comendo rapadura no almoço com maior satisfação. Quando se fala em Sertão, pensa-se, logo no chão rachado, com aquela situação, o Sertanejo possui muito orgulho de mora no Sertão, mesmo sendo castigado pela seca, ele acredita que Deus ainda vai ouvir sua oração, Sertanejo que é Sertanejo sempre volta para o Sertão, com a terra rachada por falta d'água, mais nunca acaba a esperança dentro do coração. Meu Sertão a terra que chama atenção, foi à caatinga onde surgiu o famoso Lampião. De dia faz calor a noite faz frio, assim é meu Sertão em uma parte deste Brasil. Como eu queria nascer no Sertão, gente humilde, trabalhadora, honesta sem maldade, diferente da cidade. Ó senhor, olha para minhas crianças, crianças com o pé no chão, que nem sabe se hoje vai ter refeição. Nossa Senhora, Mãe do Senhor, do Eterno Salvador, olha por nós manda chuva pra cultiva nosso feijão. Há como eu queria viver no Sertão, encontrar meu amor e preencher meu coração, sou muito feliz, posso até ser bravo quando entro na caatinga pra buscar meu boi que se perdeu do resto do gado. Minha terra, minha felicidade, minha vida não é na cidade, é na caatinga onde o suor pinga, o canto que falo chama-se cordel, e na cidade chamam de canto do bicho – do – mato. Sou sertanejo com muito orgulho posso até não ser estudado, mais respeito à dama que está do meu lado, a mulher do Sertanejo, pode ser castigada por falta d'água e pelo sol escaldante e mesmo assim continua sendo fiel em todos os instantes. Não a história mais bonita, do que o amor do povo sertanejo por sua terra, cultura e fé. Assim me despeço do meu sertão por não ser sertanejo nato, vou partindo sem deixar o lema do bicho – do – mato.

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/orlanio